A obra contou com o contributo de dois fotógrafos consagrados internacionalmente:
David Gibson (cofundador, em 2000, do colectivo In-Public – 1º blogue de Fotografia de Rua – e autor de vários livros sobre fotografia – de reconhecido prestígio) que escreveu o Ensaio no fim do livro e de Paulo Abrantes – fotógrafo português apreciado e distinguido em plataformas de âmbito mundial onde tem sido premiado e onde trabalha como Curador – que escreveu o Posfácio.
Está previsto a presença de ambos na mesa de apresentação que será coordenada pelo conceituado fotógrafo Fidalgo Pedrosa.
Através das fotografias tentou-se descobrir um outro lado da cidade, quase invisível, através de uma observação exaustiva de pequenos milagres de luz que por vezes fazem surgir explosões de cor no meio das sombras das ruas. O autor não procurou descrever a realidade como é mas antes como a vê / interpreta.
Ao sabor da intuição e da luz, enquadraram-se fragmentos de cor emergindo entre silhuetas e sombras numa interpretação da festa da rua e da magia do caleidoscópio urbano. Um modo de olhar através da primazia das escolhas estéticas, das geometrias e da elaboração dos contrastes. A abordagem plástica, a composição cromática, as emoções e o impacto gráfico foram determinantes.
A decisão de editar este livro com fotografias é consequência da noção que as fotografias só atingem o seu estádio final quando impressas – sentidas com as nossas mãos na textura do papel – e não apenas apreciadas através de ecrãs retro iluminados. Os livros promovem um envolvimento mais lento, mais concentrado. A fotografia enquanto apenas ficheiro digital é efémera e pode em qualquer momento desaparecer. Mas num livro fica.
Vasco Trancoso nasceu em Lisboa e, desde 1983, vive nas Caldas da Rainha. Foi Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha entre 1999 e 2009. É médico gastroenterologista e, após a reforma, retomou uma velha paixão adormecida: a fotografia. Depois de um primeiro momento com imagens contemplativas de paisagens decidiu, no final de 2014, começar a fazer fotografia em locais públicos. Uma escolha intencional e planeada de um novo modo de vida. Durante 2015/2016, a sua “voz” fotográfica mudou e o seu trabalho passou a ser a “cores” – utilizando uma câmara compacta. As fotografias que apresenta neste livro foram feitas, essencialmente, na cidade onde vive, nas ruas de Óbidos e na Foz do Arelho. A decisão de editar este livro é consequência da noção que as fotografias só atingem o seu estádio final quando impressas – sentidas com as nossas mãos na textura do papel – e não apenas apreciadas de modo efémero através de ecrãs retro iluminados.